Belchior foi visto na Ilha de Itamaracá
O cantor e o paraíso em que foi visto.
Será que Belchior, aquele apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso ainda está na ILHA?
Antônio Carlos Gomes BELCHIOR Fontenelle Fernandes, um dos maiores nomes da nossa MPB foi visto andando pelas areias das praias da Ilha de Itamaracá, precisamente no Sossego e Enseada dos Golfinhos, o mesmo continuava sem ALUCINAÇÃO, não Era uma Vez um Homem e Seu Tempo, mesmo com Medo de Avião, ele estava tranqüilo, mesmo sem demonstrar TODOS OS SENTIDOS, com um VICIO ELEGANTE, um CORAÇÃO SELVAGEM no seu AUTO-RETRATO, estava disposto para as CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO da novela PARAÍSO um grande MELODRAMA.
Perguntado pelo sumiço ele respondeu:
• - Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava.
De olhos abertos, lhe direi:
- Amigo, eu me desesperava.
Sei que, assim falando, pensas
Que esse desespero é moda desde 73.
Mas ando mesmo descontente.
• e continuou:
Eu sou apenas um rapaz
Latino-Americano
Sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes,
Terminando assim a entrevista: Há tempo, muito tempo
Que eu estou
Longe de casa
E nessas ilhas
Cheias de distância
O meu blusão de couro
Se estragou
Oh! Oh! Oh!...
Ouvi dizer num papo
Da rapaziada
Que aquele amigo
Que embarcou comigo
Cheio de esperança e fé
Já se mandou
Oh! Oh! Oh!...
Sentado à beira do caminho
Prá pedir carona
Tenho falado
À mulher companheira
Quem sabe lá no trópico
A vida esteja a mil...
E um cara
Que transava à noite
No "Danúbio azul”
Me disse que faz sol
Na América do Sul
E nossas irmãs nos esperam
No coração do Brasil...
Minha rede branca
Meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde
Que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo "saudade”
Como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar...
Gente de minha rua
Como eu andei distante
Quando eu desapareci
Ela arranjou um amante
Minha normalista linda
Ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar...
Até parece que foi ontem
Minha mocidade
Com diploma de sofrer
De outra Universidade
Minha fala nordestina
Quero esquecer o francês...
E vou viver as coisas novas
Que também são boas
O amor, humor das praças
Cheias de pessoas
Agora eu quero tudo
Tudo outra vez...
Minha rede branca
Meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde
Que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo "saudade”
Como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar...
Gente de minha rua
Como eu andei distante
Quando eu desapareci
Ela arranjou um amante
Minha normalista linda
Ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar
Hum! Huuum!...
E como última palavra disse que andava envergonhado por causa do bigode, perguntei do bigode? Ele disse: sim dos Bigodes do Sarney e do Mercadante que andam envergonhando a classe.
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